palavras para quê...

...a vida custa, o perigo espreita e as noites são cada vez mais curtas.
não há que temer.
as farmacêuticas são as que melhor pagam ao cidadão comum,
(depois dos clubes de futebol, claro)
e poderemos sempre sonhar em ir apanhar camarões com uma rede num qualquer paraíso tropical, enquanto à noite servimos bebidas num bar apenas até às 11h.
talvez sejam as férias e o verão a clamar atenção...
talvez seja apenas o desconsolo de um pastel de nata foleiro...
talvez sejam as próprias palavras contaminadas que nos contagiem com reflexões tão solúveis no tempo quanto areia em água; e posto isto, só podemos mesmo atirar-nos à batalha naval e esperar que a coisa passe.

palavras?
palavras para quê!?
como dizia o amigo M., é mesmo de dinheiro que a malta precisa para pagar as contas, não é de palavras.

na hora da verdade, a língua de papel do Multibanco faz-nos sentir maiores convulsões que as páginas todas do "Germinal" do Zola...

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