Protagonismo

De certeza que já viveram isto, de uma forma ou de outra - no trabalho, em casa, no vosso grupo de amigos:

- X, o que tens a dizer sobre isto, pá? Fala! Queremos todos ouvir o que tens a dizer!

O que se segue, regra geral, são momentos de balbúcia, nervosismo agudo e suor a escorrer de todos os poros...
...mas porquê?!?!

A resposta pode estar num ponto minúsculo e quase invisível, mas esclarecedoramente importante:

Porque no fundo, no fundo, todos estamos habituados ao segundo plano.
Estamos todos habituados a perder em quase tudo.
Façam as contas!
São milhares de candidatos à medalha de ouro da maratona, mas só um é o primeiro. São cerca de 30 alunos numa turma a lutar pelo pódium, mas só um é o melhor. São dezenas de capas de revista a serem impressas todas as semanas, e nós nunca vimos nelas...
Nós somos, para o melhor e para o pior: o zé-povinho, o common-man, somos a 'massa', o panorama geral.

São tantas as situações da vida em que nunca somos destaque que acabamos por nos habituar à ideia. Daí que, ao mais pequeno convite para sairmos da sombra e ficarmos debaixo dos holofotes da atenção geral, entramos em pânico. Admitam: não estamos habituados a tanto protagonismo. E de repente, quando a vida nos dá essa possibilidade, o nosso sistema nervoso entra em colapso.

Por isso, caros patrões: deixem-nos em paz.
Se nos querem dar protagonismo, por favor, não nos peçam para subir ao palanque, mas aumentem gigantemente o nosso ordenado.

...entrar no Banco e ter o gerente a estender-nos um tapete vermelho.
Esse sim! Esse é o tipo de protagonismo que todos nós ambicionamos.

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DISCUSSION 1 Comment

One Response to : Protagonismo

  1. Anónimo says:

    foda-se! este é provavelmente um dos Blogs mais inúteis e idotas que já encontrei na Blogosfera! Pensei que tinha lido muita baboseira na minha vida, mas isto ultrapassa tudo! "Blog sobre tudo e sobre nada"??!! A ideia não é má, o problema é que não dizes nada sobre nada! Arranja uma vida rapaz, uma namorada, um cão, um canário, uma minhoca amestrada, ... sei lá, vive caralho!