Twitter Pago - como pode o Twitter gerar receitas e receber dinheiro dos utilizadores




Já por várias dezenas de vezes se tem falado na hipótese do Twitter ser pago.
Aqui e ali vão surgindo notícias em sites e blogs e, claro, nos mais variados twitters, profissionais da área, geeks, simples utilizadores da rede, etc.

Aliás, já algumas tentativas (a meu ver algo parvas) surgiram e que geraram alguma curiosidade (minha incluída), de onde o ponto em comum era sempre o mesmo: adiciona-se a nossa conta a um serviço e depois, voilá, vão surgindo tweetads lá pelo meio. Após a avaliação que fiz da conta @rtppt, na altura, o valor da receita mensal era de tal modo escabrosamente baixo (€200) que me perguntei para que raio iria uma empresa ou guru na web sujeitar-se ao risco de ser qwittado num ápice por uns míseros €200/mês (os quais, provavelmente, nunca chegaria a receber, depois dos primeiros anúncios porem toda a gente repudiadamente a mexer-se dali para fora).

Para além disso, há ainda quem diga que os anúncios ficarão fora da corrente de tweets, sendo mostrados na página, ao lado (ver link sob foto de cima e a foto).

Isto já está a ser usado como Beta para destacar serviços e aplicações. Talvez mais até para medir a dimensão do mercado e reacção do mesmo, sendo que ter isto ou anúncios é, obviamente, muito diferente (e não há ainda dinheiro envolvido, segundo foi comunicado).

Ainda assim, também me parece pouco, tendo em conta que menos de metade usa as páginas web e se centra em aplicações para o desktop como o Twhirl, Tweetdeck ou para telemóveis e pda's. Pode ser uma fonte de receitas, mas não me parece que venha a ser o ovo de Colombo do Twitter...


Seja como for, a segunda opção mais consensual tem sido veiculada (pela Mashable inclusivamente) como a de tornar as contas do Twitter pagas para empresas.

Se o Twitter fizer isso, incorre num enorme erro. Aliás, nem sei como irão aferir se se trata de uma conta de empresa. Já para não falar que muitas empresas usam contas de empregados seus como ferramenta empresarial, e não pessoal.

E veja-se o concorrente Facebook, que oferece à borla as suas facebook.pages.

O que me parece extremamente natural, contudo, como primeiro modelo de negócio para os fundadores do Twitter e seus investidores (atenção a quem diz accionistas, que o Twitter não está na Bolsa...) é o modelo Flickr.

Uma plataforma já devidamente robusta, com dois modelos:
- um deles livre, aberto, mas limitado a um número de opções e de espaço
- o outro, pago, dando acesso a um leque de ferramentas extra e realmente úteis, a um preço de tal forma baixo que qualquer empresa e utilizador comum não se importarão de pagar, face ao retorno que retiram da rede.

E nem mesmo os comentários que falam em número limitado de tweets/mês me parecem acertados. Aqui, ao contrário do Flickr, uma frase de 140 caracteres pesa nada. E definir o que é empresarial ou não, significa desde logo reduzir o mercado potencial. Os fundadores do Twitter já deixaram claro em entrevistas aqui e aqui que o importante para já é criar escala e valor, tal como a Google. Sem isso, não há mercado. Ora, mesmo com 10 milhões, querer fazer dinheiro só à custa de empresas é pouco, sobretudo quando os utilizadores de maior peso e com maiores seguidores são em nome individual.

Não deixa, contudo, de ser um tema interessante para apostar nos próximos meses.
Venham mais hipóteses.

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