The Guardian - ou sobre o que NÃO se deve fazer

A edição online do the Guardian mudou. A sério! Não acreditam? Podem ver aqui: "Então deixa lá ver isso!

Ooops...
É impressão minha ou eu já conhecia estas páginas? Humm...

Ah, esperem lá, afinal enganei-me, ele mudou, mas foi SÓ aqui: "Então deixa lá ver isso de novo!"

Pois é. No meio de toda a agitação, o The Guardian vem mostrar ao mundo do online o que nenhum site, de notícias ou qualquer outro, deve fazer: ficar-se pelas meias tintas. Mudar é uma óptima ideia - quando se tem razões para isso, fundamentalmente quando se têm motivos e objectivos. Não apenas mudar porque os outros mudaram.

O que muda o The Guardian com isto?, mudando apenas a página inicial e mantendo o resto com uma estrutura, layout, organização e navegação distintas? Muda a percepção dos que o consideravam referência e agora consideram cópia. E muda os que tinham certezas, para sérias dúvidas.

Nem sequer vou aprofundar muito o tema que o A. Rutledge já versou, e bem, sobre o completo disparate da falta de identidade de alguns sites de compras online, parecendo todos feitos pelo mesmo designer no mesmo dia, sem qualquer traço de identidade visível para além do logo no eterno canto superior esquerdo.

Exemplo?
Quando abrirem a nova homepage do The Guardian, baixem um pouco a página até tapar o logótipo; a partir daí, como vão notar, o site falha onde muitos outros falham, cingindo-se a apresentar os conteúdos sob a arquitectura que está na moda e usando as tipografias comuns e já utilizadas nos restantes jornais que seguiram a política dos que, esses sim, sabem o que fazem.

Quando o El País mudou, começou logo pelo endereço, abandonando o '.es' e avançando para o '.com'. Seguiram-se iniciativas e novas secções (a mais recente o "Soy Periodista!") e o fundamental estava lá: as razões da mudança, presas a um conceito e a um projecto editorial, e não apenas a um conceito estético.

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