Compras

Apesar de na qualidade de 'gajo' estar para aqui a falar do hobbie ou full-time-job de muitas mulheres, não posso deixar de manifestar as minhas conclusões atentas sobre o mundo das modas e farpelas.

- Zara: tornou-se rotineira; sem pinta de brilho ou de frescura, está a ficar cinzentona; os 'basics' são o que mais vende mas a marca da Inditex insiste em manter os preços altos. Parece ter ficado com vergonha de apresentar preço baixo e não reparou ainda que já há quem se queixe e quem não veja razão para dar 55€ por sapatos quando há quem os venda a 35€, iguais ou até melhores. Podiam aprender com o IKEA, que se orgulha de dizer que oferece design a preços reduzidos. Será que já notaram que a concorrência aumentou no mercado português?

- H&M: veio para apimentar as coisas. Depois de uma entrada em Portugal a medo e aos tropeções (com 2 anos para esquecer, onde havia quem comprasse o 'S' porque o L era um XXL), fez como a Toyota e adaptou-se a cada mercado. Rejuvenesceu e até já oferece linhas de roupa assinadas pela Madonna (M) a preços imbatíveis. Assumem o posicionamento roupa-descartável (leia-se para usar uma ou duas temporadas e não pensar mais nisso) e fomentam a compra de mais guarda-roupas, porque os que vêm de série com a casa já não chegam. Vieram também mostrar que preço e qualidade podem andar juntos. E até oferecem carradas de pijamas, meias e boxers para homem sem cair nos tecidos e cortes e padrões foleiros ou básicos.

- Friday's Project: o grupo espanhol que persegue a Inditex comprou os espaços da OFTEN (projecto desgraçado e mentiroso - roupa com tecidos e cortes brutos vendida em decorações com gosto) e lançou já, aqui e acolá, as primeiras lojas - um portento! Quer no patamar dos 5€ - 25€ quer no seguinte, dos 25€ - 50€, há de tudo, mas tudo tem bom gosto, rebeldia e um toque de charme, a contar desde logo nas etiquetas. Reúnem escolhas de outras marcas (Alcott, Diesel, etc.) e o resultado é deveras refrescante. Promete.

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