Despedimentos

Vamos olhando as parangonas dos jornais e vendo as notícias sobre desemprego e despedimentos e crise. São palavras que vão entrando no quotidiano. Aparecem e, ao contrário de outras, estão a custar desaparecer.

Hoje, por exemplo, duas pessoas de um círculo próximo viram essas mesmas palavras tocar-lhes bem de perto. E esta noite, as suas famílias irão sentí-las igualmente por elas. E nos próximos tempos de forma bem palpável.

Alguns de nós reagem de forma heróica e inspiradora, combatendo o negrume sem vacilar. Outros capitulam. E outros demabulam. O que se torna impossível é deixarmo-nos alhear disto.

A crise, seja ela de parangonas ou de manchetes, é feita também de gente. Essa que demite e é demitida, ora porque se tratava do último dia do 3.º contrato de trabalho, ora porque simplesmente cedeu aos recibos por demasiado tempo e agora num ápice tudo se clarificou da pior forma na pior altura.

Haja outra gente. Nós. Os amigos. A família. Que não o somos por contrato nem por recibos. Que o somos por convicção. Por paixão. Por dedicação. E por esses lados, felizmente, a crise pode ferir mas não nos pode jamais despedir.

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