O Poder dos Blogs
Pura e simplesmente isto: mais de 140 caracteres.
Depois de ter andado a matutar nos últimos meses sobre a diferença e o poder dos blogs face ao Twitter e ao poder da síntese, e do Tumblr, onde em ambos as mensagens rápidas supostamente servem melhor uma sociedade de consumo rápido, dei-me conta de que afinal a resposta não podia ser mais fácil.
E ainda neste processo de escrita deste posts recebo no gmail um link ao blog do Evan Williams, ex-Blogger e agora Twitter-exec, de onde parto para o arquivo e lá vou encontrar mais uma catrefada de bullets e ideias que só me convenceram a publicar este post mais depressa.
O poder dos blogs está precisamente em terem mais de 140 caracteres.
Se hoje já é possível manter um fluxo de comunicação baseado em resumos ou trocas rápidas de ideias e conversas, isso só significa que os blogs terão cada vez mais e melhores conteúdos e cada vez farão mais sentido.
Terá sempre de haver um espaço onde cada um desejará e poderá organizar as suas ideias. Para si ou para os outros. E um post consegue isto. Há um espaço, e um espaço convidativo, um espaço onde temos espaço e onde podemos colocar uma foto ou um vídeo sem ter de sair do mesmo espaço, onde podemos juntar a nossa visão sempre parcial dos temas e aprofundar mais ou menos as coisas.
Mais: é na experiência de bloggar, pelo simples facto de nos adiantarmos nas palavras e nas linhas, que vamos encontrando o raciocínio certo e descobrimos as ideias. Há um tempo e um ritmo, um dispêndio de atenção que facilita isto. Se no Twitter tal é feito em conferência e debate aberto com os demais, aqui é feito reflectindo e agregando de forma pessoal o que foi debatido e lido nos demais.
Todos adoramos reunir-nos em amena socialização e debater entre amigos. Ir a conferências e estar entre pares. E basta pensarmos no Facebook e como isola o "meu espaço" do espaço comum. Não vi nunca alguém prescindir, acima de tudo, do seu espaço, esse que é único e verdadeiramente pessoal, a sua casa.
E mesmo os hiper-defensores das novas short-forms-of-talk, curiosamente, tantos deles redireccionam os links... para os seus blogues.
There's no place like home.
NOKIA Loja - OVI STORE - http://store.ovi.com/
Pois parece que em Maio é mesmo desta.
A NOKIA levou algum tempo a decidir o rumo do que fazer com áreas como o MOSH, mas eis que dá o salto com a sua OviStore já este Maio, cheia de aplicações para os milhões de Nokia users pelo globo fora poderem descarregar, de forma livre ou paga, e utilizar nos seus telemóveis.
Os mac-fãs, portadores de iPhones, certamente olharão de cima e de soslaio, dizendo que chegaram primeiro e que ninguém bate o filho da apple. Mas 70 milhões de clientes com telemóveis Nokia pelo mundo fora certamente deliciar-se-ão com aplicações muitas delas pouco state-of-the-art mas simplesmente que funcionam para os seus telemóveis ora de topo, ora modestos. (Quase) ninguém ficará de fora.
Porque aí ainda reside um dos maiores factores diferenciadores da marca filandesa: elos de comunicação adaptáveis às necessidades de cada um, desde o aparelho simples, ao companheiro de escritório, ao music-device, ao substituto da câmara digital para fotografar e filmar. E como tal, não há aqui filosofia one-size-fits-all.
A ver vamos, com o tempo, perceber como irá a Nokia evoluir e como irão os concorrentes atacar. E, até, de que forma o eterno comparativo entre topos de gama BlackBerry, Apple, Samsung e Nokia irá evoluir.
Duas coisas são certas:
- uma, a de que se a Nokia tem a maior quota de mercado no consumer side, então é de todo naturalíssimo que quer os utilizadores geeks, quer os produtores de aplicações, todos eles serão em grande número e prontos a produzir aplicações interessantes.
- duas, a de que depois da loja da apple e da Google (Android), todos salivamos pela OviStore e, com isto, todos nós consumidores só temos a ganhar.
Album on the loop
GMAIL - e quando é que os vídeos do YouTube passam a tocar dentro dos e-mails?
Esta pergunta surgiu de forma natural, pela manhã.
Mas pelos vistos há mesmo coincidências.
Nem de propósito, hoje em esclarecimento com um programador SAP na Alemanha e eis que tcharam!, ambos descobrimos que o Gtalk já embebe os links que reconhece como sendo do YouTube a tocar na própria janela de Gtalk.
Presumo, portanto, que para breve chegará o mesmo dentro dos e-mails.
Radiohead e Queen, desta vez tocados por... máquinas
Ora eis então a'cover' aos Radiohead (saltem para 1min 10seg.):
E a 'cover' aos Queen:
deliciosas.
Conflito de Gerações
Muitos de nós ainda se lembram do tema quando era abordado nas escolas, em tom paternal, nalguns casos só para encher umas quantas horas de inglês ou francês. Havia ali uma espécie de reconforto por parte da Escola e do Ensino, como se ao introduzir o tema quisessem parecer aos nossos olhos uns tipos fixes, que nos percebiam o que nos ia na alma.
Conflito de gerações, aquilo?
Poucos previam o que aí vinha...
Ainda seres imberbes, nós, os tipos da Geração Y, vimos nascer os Spectruns e os Amiga. Vimos ao mesmo tempo surgirem os tijolos dos telemóveis. A Web. Os bippers. Depois os cartões pré-pagos e a explosão dos telemóveis de bolso e as SMS. Os chats. A televisão por cabo. E sem esquecer o fim das máquinas fotográficas de rolo.
Relembrei-me de tudo isto ao ver estes dois vídeos.
Se puderem perder os minutos que eles merecem, continuamos a conversa mais abaixo:
O que muitos de nós não suspeitávamos era que, ao passar por todas estas fases, nos estávamos a transformar na geração de Tradução, os beta testers, os de transição e os únicos que conseguirão verdadeiramente fazer a ponte entre o antes e o depois, esses que ao que parece chamam de Millennials e lá para 2016 estão aí em força.
Mas sobretudo ao ver o primeiro vídeo, dou-me conta de quão enorme é o desfasamento, no mercado de trabalho, entre quem nos emprega e o que considera que valorizamos. De facto, há tanta gente que não percebe mesmo...
Não se trata de nenhum conflito de gerações. Não há conflito porque não há choque porque nenhum dos lados se encontra face a face. Em muitos casos, estão de costas voltadas. Vão para lados opostos. Não procuramos vencer o outro. Nem nos damos a esse trabalho. Porque simplesmente seguimos caminho.
As nossas motivações são outras. O tempo que vivemos e as mudanças que nos afectaram o código genético, a nossa formação, estão bem vivas. Eramos putos. Depois adolescentes. De modo algum podíamos portanto ter escapado incólumes a essa influência.
E para muitos das gerações anteriores e que acumularam experiência nas áreas da Imprensa, Tv ou Rádio, a web é um terreno ora fascinante, ora assustador, ora curioso, ora caricato... Mas para nós não. Para nós nem é assustador nem é fascinante. Para nós, ela simplesmente é.
E é precisamente isto que tanta gente não percebe.
Outros sim. E é com esses que melhor nos damos. Tenham eles 80 anos, 50 ou 40. Não há qualquer conflito de gerações. Apenas partilha. Essa palavra mágica que tantas editoras discográficas ainda teimam em não compreender...
www.facebook.pt - FACEBOOK EM PORTUGAL
O Facebook.pt, ou melhor, os utilizadores da rede social Facebook em Portugal já começam a avolumar-se.
Depois do Hi5 a liderar e do Twitter a criar o buzz na imprensa, o Facebook lá vai caminhando gentilmente e sorrateiramente para despontar. E ao espreitar um post do Celso Martinho (SAPO) eis que me dou conta dos números que traçam um perfil aproximado do total de inscritos na rede criada por Zuckerberg, em Portugal:
Total Portuguese users: 188.500
Total male users: 88.000
Total female users: 95.900
Total users from 0-20y: 27.380
Total users from 21-30y: 89.160
Total users from 31-40y: 49.760
Total users with +41y: 24.120
Total male users interested in males: 560
Total female users interested in females: 2740
Para além do óbvio facto fun ("total male/female users interested in males/females"), não deixa de ser uma confirmação o facto da rede ter o seu core de utilizadores nas gerações acima do Hi5, ou seja, entre os 21 anos e os 40 anos.
A ver vamos, ao longo de 2009, como se mantém ou não esta tendência.
Podem ver o post do Celso, na íntegra, aqui »
Modelos de Publicidade online para vídeo - exemplo abc
Para espreitar alguns dos modelos de publicidade online que estão a resultar nos USofA, nomeadamente com a ABC e no caso do vídeo on-demand (a partir do minuto 10).
Alexis Rapo, VP, Digital Media, Disney-ABC Television Group
Free Videos by Ustream.TV
Jason Kilar - CEO da HULU
Para quem não sabe, a HULU foi uma empresa que nasceu num flash e que se propôs servir na mesma plataforma conteúdos de vídeo de forma oficial, em parceria com as grandes produtoras do mercado americano, e de forma gratuita ao público.
Rapidamente reuniu de rajada e de modo fulgurante não apenas um séquito número de seguidores como iguamente as grandes majors americanas de produção de conteúdos vídeo (MGM, News Corp. NBC, Fox, etc, etc...), e, melhor ainda, um grupo de anunciantes que passaram dos beta-tests do meio online para formatos agressivos e comprovados. Numa palavra: vieram todos em força.
O vídeo abaixo remonta ao ano passado mas para além da filosofia da Hulu, tem como pontos de interesse a obsessão pelo apuro estético, feedback imediato e, achei eu igualmente, uma nova forma de publicidade: antes do anúncio arrancar, são dadas 3 possibilidades ao espectador para decidir qual dos 3 anúncios pretende ver, podendo ainda, durante o anúncio, votar se o mesmo foi do seu agrado ou não.
Relutante quanto a esta última opção, a primeira, contudo, parece-me um passo extremamente positivo quer para a plataforma, quer para os consumidores, quer para os anunciantes.
Para verem a apresentação na íntegra:
Live TV : Ustream
Twitter Pago - como pode o Twitter gerar receitas e receber dinheiro dos utilizadores
Já por várias dezenas de vezes se tem falado na hipótese do Twitter ser pago.
Aqui e ali vão surgindo notícias em sites e blogs e, claro, nos mais variados twitters, profissionais da área, geeks, simples utilizadores da rede, etc.
Aliás, já algumas tentativas (a meu ver algo parvas) surgiram e que geraram alguma curiosidade (minha incluída), de onde o ponto em comum era sempre o mesmo: adiciona-se a nossa conta a um serviço e depois, voilá, vão surgindo tweetads lá pelo meio. Após a avaliação que fiz da conta @rtppt, na altura, o valor da receita mensal era de tal modo escabrosamente baixo (€200) que me perguntei para que raio iria uma empresa ou guru na web sujeitar-se ao risco de ser qwittado num ápice por uns míseros €200/mês (os quais, provavelmente, nunca chegaria a receber, depois dos primeiros anúncios porem toda a gente repudiadamente a mexer-se dali para fora).
Para além disso, há ainda quem diga que os anúncios ficarão fora da corrente de tweets, sendo mostrados na página, ao lado (ver link sob foto de cima e a foto).
Isto já está a ser usado como Beta para destacar serviços e aplicações. Talvez mais até para medir a dimensão do mercado e reacção do mesmo, sendo que ter isto ou anúncios é, obviamente, muito diferente (e não há ainda dinheiro envolvido, segundo foi comunicado).
Ainda assim, também me parece pouco, tendo em conta que menos de metade usa as páginas web e se centra em aplicações para o desktop como o Twhirl, Tweetdeck ou para telemóveis e pda's. Pode ser uma fonte de receitas, mas não me parece que venha a ser o ovo de Colombo do Twitter...
Seja como for, a segunda opção mais consensual tem sido veiculada (pela Mashable inclusivamente) como a de tornar as contas do Twitter pagas para empresas.
Se o Twitter fizer isso, incorre num enorme erro. Aliás, nem sei como irão aferir se se trata de uma conta de empresa. Já para não falar que muitas empresas usam contas de empregados seus como ferramenta empresarial, e não pessoal.
E veja-se o concorrente Facebook, que oferece à borla as suas facebook.pages.
O que me parece extremamente natural, contudo, como primeiro modelo de negócio para os fundadores do Twitter e seus investidores (atenção a quem diz accionistas, que o Twitter não está na Bolsa...) é o modelo Flickr.
Uma plataforma já devidamente robusta, com dois modelos:
- um deles livre, aberto, mas limitado a um número de opções e de espaço
- o outro, pago, dando acesso a um leque de ferramentas extra e realmente úteis, a um preço de tal forma baixo que qualquer empresa e utilizador comum não se importarão de pagar, face ao retorno que retiram da rede.
E nem mesmo os comentários que falam em número limitado de tweets/mês me parecem acertados. Aqui, ao contrário do Flickr, uma frase de 140 caracteres pesa nada. E definir o que é empresarial ou não, significa desde logo reduzir o mercado potencial. Os fundadores do Twitter já deixaram claro em entrevistas aqui e aqui que o importante para já é criar escala e valor, tal como a Google. Sem isso, não há mercado. Ora, mesmo com 10 milhões, querer fazer dinheiro só à custa de empresas é pouco, sobretudo quando os utilizadores de maior peso e com maiores seguidores são em nome individual.
Não deixa, contudo, de ser um tema interessante para apostar nos próximos meses.
Venham mais hipóteses.
Twitter - entrevista
Entrevista com o próprio fundador do Twitter, Biz Stone, para o canal Comedy Central:
The Colbert Report | Mon - Thurs 11:30pm / 10:30c | |||
Biz Stone | ||||
comedycentral.com | ||||
|
Existem algumas coisas interessantes na entrevista, que me despertaram a energia para escrever um post e partilhar o vídeo:
- o ar descontraído e extremamente cool de Biz Stone (nem todos os geeks são freaks)
- as tentativas bem humoradas de 'picar' à séria o co-fundador do Twitter
- a prova de que na América um tipo na casa dos 30 anos vestido de jeans e sapatilhas pode ser visto como um empreendedor e não apenas como um puto carola
- como num programa em que se entrevista o co-fundador do Twitter e se fala de twiters é possível ter grafismos com as "/" escritas ao contrário
- o penteado e ar incrivelmente gémeo de Biz Stone para com o co-apresentador do DiggNation, Alex Albrecht
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