Sugestões Enólogas do Aprendiz: TERRAS DE MONFORTE Tinto 2004

Oriundo da Herdade do Perdigão, este alentejano de gema quebrou a corrente de vinhos brancos que estava a habilmente descobrir nas últimas semanas. Mas a razão era forte e não dava mesmo para evitar: família toda junta cá em casa e, claro, um Coelho à Caçador para acompanhar da melhor maneira.


Passados os olhos pela estante da Garrafeira Nacional (lá estava por quase €500 o whisky Suntory, que se vê a ser promovido no Lost in Translation pelo Bill Murray), e debatida a questão com a 'chefia' da Casa sobre as opções em carteira, lá optámos por dar o braço ao coelho de Lamego com um vinho do Alentejo.

Resumindo:
um vinho cheio de força e, a meu ver, que peca apenas por ser um pouco afoito, assim um tanto ou quanto mal polido, mas que tem o seu mais forte chamariz pelo imenso corpo, volumoso, cheio, muito, muito intenso. É daqueles vinhos que por pouco que se tenha na boca, enche-a por completo, e que lhe falta ainda moderar um pouco toda essa energia.

Custa pouco mais de €5 e recomenda-se apenas a quem gostar de vinhos com esta personalidade. Quem for mais adepto de equilibrar refeições carregadas de sabor com um vinho mais brando, deve evitar.

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